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The Nomad Restaurant

Quando entrei no Nomad, foi paixão à primeira vista. O hotel-e-restaurante que leva o nome do bairro onde está situado (NOrth of MADison Square Park) é aconchegante e faz a gente se sentir em casa – e no Costes (até saber que a decoração elegante em clima de boudoir – sooo French – era assinada pelo mesmo Jacques Garcia, que também decorou o Costes lá no comecinho dos anos 1990; explicado). Tanto o Costes como o Nomad são hotéis AND restaurantes de único nome. Mas, enquanto o Costes está numa localização incrível em Paris (na Saint-Honoré com a Place Vendôme) e o Nomad meio isolado entre downtown  e uptown, entre o leste e o oeste da ilha, o Nomad ganha de longe em outro quesito: comida. Quem comanda o restaurante é o chef  suíço Daniel Humm, do Eleven Madison Park (a três quadras daqui), um três macarons  Michelin que é um dos melhores restaurantes da cidade.

O cardápio é enxuto do jeito que a gente gosta – alguns snacks, oito opções e de entradas e oito opções de principais – e são temáticos: entre as entradas você tem “alho”, “atum”, “ovo”, “timo de cordeiro”, “foie gras”; entre os principais “cenoura”, “vieiras”, “lagosta”, “pato”. Apenas peça o que você tiver vontade de comer no dia e aproveite; tudo é impecável e delicioso. Mas, um dos destaques da cozinha de Humm – além das cenouras – são as aves: o frango assado com foie gras, trufas negras e brioche (para duas pessoas) é daqueles pratos que fazem as pessoas voltarem ao Nomad, assim como o pato, impecavelmente feito (o pato é sempre o grande destaque do menu do chef  no Eleven Madison Park). E os preços são super honestos, com pratos principais custando de US$ 20 a US$ 37 (a lagosta).

Dos cinco ambientes que formam o restaurante e o bar do Nomad, você pode jantar em três deles: The Atrium (com teto de vidro e luz natural durante o dia), The Parlour (salão elegante com uma coleção de 100 ervas antigas emolduradas que vieram da Deyrolle de Paris) e The Fireplace (salão mais íntimo com uma lareira vinda de um castelo francês). Quando reservar para jantar, peça uma mesa no Fireplace, o lugar mais aconchegante e bonito do Nomad.

Mas, tem outro ambiente imperdível no Nomad: The Library, uma incrível biblioteca de dois andares com 3500 títulos (eu queria morar aqui), que serve como bar e local mais que perfeito para tomar um café ou chá durante todo o dia. Que é quando você deve vir curtir a biblioteca, que fica lotada à noite quando você chegar pra jantar e tem uma hostess  própria só pra administrar suas mesas AND reservas (mesmo durante o dia, sempre é bom ligar antes e fazer uma reservinha pra não correr riscos). O bar, com um impressionante balcão e prateleiras em mogno escuro (e dois elefantes esculpidos) é onde você vai poder aguardar sua mesa. Em pé, porque tá sempre lotado e são só 12 bancos.

De qualquer forma, o Nomad é um lugar para curtir e voltar várias vezes, mesmo numa mesma viagem, para um brunch, almoço, jantar, beber, curtir e conversar.

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Shoichi Iwashita

Compulsivo por informação e colecionador de moleskines com anotações de viagens e restaurantes, Shoichi Iwashita se dedica a compartilhar seu repertório através das matérias que escreve para a Simonde e revistas como Robb Report Brasil, TOP Destinos, The Traveller, Luxury Travel e Unquiet.

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