Gelato Boutique, sorvetes exclusivos e premiados
Sorvete de pistache você encontra todos os dias em todas as gelaterias de São Paulo. Mas não na Gelato Boutique, que só produz o parfum quando a maestra gelatiere Marcia Garbin (paulistana que estudou pâtisserie na França, mas foi premiada na Itália, berço do gelato) consegue comprar o pistache cru, que é torrado e triturado na própria cozinha e, então, usado para bater o sorvete (por causa da dificuldade de encontrar o ingrediente fresco aqui, ela acaba de viajar para a Itália em busca de fornecedores de pistache e avelãs). Nas outras — também boas — sorveterias, é utilizada uma pasta industrializada de pistache (sempre de Bronte, na Sicília, terra vulcânica famosa pelo ingrediente) que é misturada à massa, na máquina, na hora de produzir o gelato. “A pasta pronta 100% pistache é boa, mas não é a mesma coisa. É como comparar o atum em lata, que passa meses entre a ‘produção’, a viagem, o estoque, ao atum fresco. Cada um cumpre com a sua função mas definitivamente não é a mesma coisa; e não que seja artificial ou de má qualidade”, diz a chef. Enquanto os gelati têm geralmente 8% de pistache, o da Boutique leva 20%. É muito mais ingrediente, muito mais sabor e aroma.
E são esses os diferenciais da Boutique, uma das pouquíssimas sorveterias paulistanas que produzem gelato 100% artesanal, sem a adição de qualquer pasta pronta, além do uso dos melhores ingredientes associados à autoralidade das criações, que você confere até nos sabores mais comuns como o Baunilha 360 (aromatizado com três variedade de baunilha fresca); o limão, que pode ser cravo ou siciliano, sempre com um twist que pode ser manjericão, menta ou hibisco; o doce de leite, que leva cumaru, uma espécie de baunilha sul-americana; ou mesmo o tutti-fruti, feito só com frutas frescas e que consegue, de verdade, nos fazer viajar para a infância. O preço também é ótimo, pois os copinhos e casquinhas (também feitas na casa, a R$ 10, R$ 12 e R$ 14) custam o mesmo de outras gelaterias que não entregam metade da dedicação e capricho da Gelato.
Dos sabores especiais, não deixe de provar o matcha (quando houver), gelato do pó do chá verde utilizado nas cerimônias de chá japonesas, ou o Caffè-Lime, a receita da chef que venceu o Festival de Gelato de Firenze em 2013, que leva café espresso em blend do Coffee Lab com suco e raspas de limão, ou ainda o AmmaPassione (premiado no mesmo festival em 2012): um gelato de chocolate Amma ao maracujá e grué de cacau. Sabores e dulçor sempre muito equilibrados, e deliciosos.
O ambiente espaçoso, confortável e elegante também é um ponto forte. Sofás de couro, cadeiras de acrílico, mesas na altura correta, espresso Illy, wi-fi e o horário de funcionamento amplo, todos os dias, incluindo feriados, das 8h às 22h, fazem da Boutique um ótimo lugar para a leitura ou trabalho, e também comer gelato.
Todos os gelati ficam guardados nos pozzetti para que tenham o mínimo contato com luz e oxigênio, preservando os aromas e os sabores de cada gelato. Imagem: Shoichi Iwashita
Geral da loja que fica na esquina da Rua Pamplona com a Alameda Itu vista do aconchegante mezanino. Imagem: Shoichi Iwashita
Mesas, sofás e cadeiras no mezanino. Imagem: Shoichi Iwashita
A maestra gelatieri Marcia Garbin finalizando o sorbetto de prosecco (só leva água, açúcar, prosecco e um pouquinho de farinha de alfarroba) adicionando a bebida rosé na máquina. Em alguns minutos, o gelato estaria pronto. Imagem: Shoichi Iwashita
O sorbetto de prosecco sendo retirado na máquina direto no pozzetto, que vai para o balcão, já pronto para ser servido. Imagem: Shoichi Iwashita
Além da máquina “horizontal” 100% automática, a Gelato Boutique também tem essa máquina vertical 100% manual em que o chef precisa ele mesmo “bater” o gelato com um bastão pesado enquanto a máquina resfria a mistura. Imagem: Shoichi Iwashita
Tudo é feito na casa: aqui, a calda de mirtilo que vai no gelato de iogurte. Imagem: Shoichi Iwashita
O gelato de iogurte com calda de mirtilo pronto para ir para o balcão. Imagem: Shoichi Iwashita
As casquinhas também são feitas na casa com receita própria. A não perder. Imagem: Shoichi Iwashita
No copinho, sorbetto de prosecco e o já clássico Tropicália, sorbetto de manga com maracujá. Imagem: Shoichi Iwashita
Delícia hein? Vou passar lá para experimentar. O ambiente é lindo mesmo hein, também faz toda a diferença.
Belos sorvetes. Uma explosão de sabor.