Brenners Park-Hotel: Um dos melhores e mais antigos hotéis do mundo tem tudo a ver com saúde, com spa médico completo e até kombucha no frigobar
Quando cheguei e vi um gato em cima do balcão da recepção já perguntei: “todo hotel Oetker tem um gato de estimação, é isso?” (o Bristol em Paris tem o Fa-Raon, mas ele tinha uma companheira, a Kléopatre, que não estava se dando muito bem com ele e ganhou nova casa, dessa vez em Baden-Baden). Dom Pedro II se hospedou aqui com sua família em 1887. Nasser-ed-Din, o xá da Pérsia, em 1889. Um dos melhores hotéis do mundo fica em uma cidadezinha alemã com, hoje, 55 mil habitantes {enquanto isso a maior e mais rica cidade da América do Sul, com população de 12 milhões, segue sem um hotel Simonde; mas conheça o melhor bairro e as boas opções de hospedagem de São Paulo, clicando aqui}. Com a localização mais mágica de Baden-Baden — e em um dos lugares mais lindos do mundo {saiba o que você não pode deixar de fazer em Baden-Baden, clicando aqui} —, este hotel fundado em 1872 foi o primeiro da Oetker Collection (e segue sendo sua sede, apesar de serem deles também o Bristol, um dos palaces de Paris, e o Lanesborough, de Londres; e basta caminhar pelo corredor ao lado da recepção para ver o CEO da Oetker, que trabalha sempre com a porta aberta). E nem alguns contratempos como 1. não ter serviço de quarto 24 horas (só até às 23h), 2. de um dos concierges não ser nada simpático e 3. de eles não terem encontrado minha mala na hora de ir embora, o que quase me fez perder o trem (o carregador pegou apenas as bolsas e, enquanto eles reviravam nervosamente o depósito do hotel, a minha mala estava ainda no quarto, já preparado para receber novos hóspedes), fizeram com que a minha impressão não fosse a melhor.
Isso por que a estrutura do Brenners Park-Hotel & Spa é incomparável. O hotel aberto quando a cidade era o destino de verão obrigatório da nobreza e intelligentsia europeia do fim do século 19 — e de milionários, celebridades e políticos mundiais do século 20 —, não só é formado por vários e elegantes edifícios Belle Époque interconectados por corredores subterrâneos, ricamente decorados, com amplos jardins e na melhor localização de Baden-Baden (tem acesso direto do hotel para a Lichtentalleraller, por uma pontezinha que passa por cima do rio Oos, dando quase em frente ao Frieder Burda, um dos nossos pequenos-museus prediletos no mundo, e que “fornece o caminho mais rápido e belo para o centro”, segundo o recepcionista durante meu check-in; o que é totalmente verdade). Mas tem também comida excelente em seus três restaurantes, que inclui o Brenners Park — com duas estrelas Michelin —, o Rive Gauche (fora do hotel, do outro lado do rio) e o Wintergarten (os dois últimos abertos o dia todo), além um dos melhores cafés da manhã da vida, servido todos os dias até às 11h (#muitoamor) — em salão próprio, o Lichtental —, com o chef preparando o-que-você-quiser-do-jeito-que-você-quiser no momento do pedido, sucos de muitas frutas (tudo fresco), leites vegetais, kefir, itens-sem-gluten-sem-lactose, e o melhor da panificação alemã (os pães alemães são sempre uma perdição) e da viennoserie francesa (estamos aqui a apenas 10 quilômetros da fronteira com o Hexagon). Apesar da idade, o Brenners está completamente alinhado com as necessidades dos viajantes contemporâneos, sem deixar de lado o glamour da sua história.
E se o seu intuito é ainda, como manda a tradição, viver Baden-Baden como um destino de saúde, bem-estar, beleza e relaxamento {clique aqui para conhecer o melhor de Baden-Baden, incluindo as termas, que são incríveis}, o Brenners é o lugar ideal. O Villa Stephanie, o prédio onde está o spa com 500 metros quadrados (lembre-se que você está na Alemanha e a área da sauna, mista, é naked zone), a piscina indoor que lembra termas romanas que se abre para o jardim com vista para o parque, e a academia completa (com professor gato), abriga ainda 15 quartos com decoração contemporânea — que convidam ao detox também digital — e está diretamente conectado com a Haus Julius, o prédio em que ficam os consultórios de médicos de mais de 10 especialidades (cirurgia plástica, medicina preventiva, dermatologia, fisioterapia, cardiologia, neurologia, pediatria; tem russo que só vem ao dentista aqui) onde você pode fazer desde um check-up completo a apenas um programa para ser aproveitado durante sua estadia no Brenners. (Hiponcodríaco que sou, acho sempre reconfortante saber que se está em um hotel rodeado de bons médicos.)
Apesar de o café da manhã não estar incluído no valor da diária (custa € 41 por pessoa e por dia, e vale cada centavo) e você precisar pagar pela bicicleta (não deixe de alugar uma para explorar a belíssima região), o wi-fi não é cobrado, assim como você pode consumir à vontade as bebidas não-alcoólicas (água, sucos, refrigerantes, kombucha e Red Bull) que estão no frigobar.
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Uma das coisas mais incríveis do Brenners é a saída exclusiva para a Lichtentallerallee, esse parque linear que segue o curso do rio Oos por quase três quilômetros, já quase em frente ao museu Frieder Burda, projeto do arquiteto Richard Meier. Imagem: Shoichi IwashitaSão vários os prédios que formam o hotel. Esse é o prédio principal, onde ficam a recepção, os dois restaurantes, o bar e o salão para café da manhã, visto do rio Oos. O prédio menor, ao lado, é dedicado a eventos e recepções. Imagem: Shoichi IwashitaOutros prédios do Brenners: à direita, o Villa Stephanie, com quartos contemporâneos voltados para hóspedes com foco em saúde e bem-estar, e, à esquerda, as residences do hotel. Imagem: Shoichi IwashitaDo outro lado e para a Schillerstrasse, a entrada principal do hotel. Imagem: Shoichi IwashitaMeu quarto, uma espaçosa suíte júnior, a de número 105… Imagem: Shoichi Iwashita… Com terraço e vista para a Lichtentallerallee. Imagem: Shoichi IwashitaA mesa de trabalho possui telefone já com todos os botões organizados para se falar com TODAS as áreas do hotel. Basta um clique, sem precisar pensar. Imagem: Shoichi IwashitaO banheiro todo de mármore, como manda a tradição desses hotéis de luxo históricos. E importante: bem iluminado. Imagem: Shoichi IwashitaBanheira, aquecedor de toalhas, chão aquecido, amenities do próprio hotel feitos com ingredientes naturais. Não falta nada. Imagem: Shoichi IwashitaQuarto pronto para dormir. Imagem: Shoichi IwashitaA sala do quarto. Os tecidos das almofadas, mesas e cortinas são todos bordados, lindo. Imagem: Shoichi IwashitaAo lado da cama, tomadas acessíveis e controle de luzes do quarto com comunicação óbvia e fácil de entender. Imagem: Shoichi IwashitaO café da manhã do Brenners é um dos melhores cafés da manhã de hotel do mundo e atende a todas as necessidades do viajante contemporâneo, seja ele vegano, celíaco, intolerante à lactose, em dieta de calorias reduzidas. Sem nunca perder o glamour – e o sabor. Imagem: Shoichi IwashitaEsse é apenas o balcão de frutas secas e cereais. Imagem: Shoichi IwashitaOs pães alemães, junto com os franceses e os japoneses, são dos mais deliciosos. Uma perdição. Imagem: Shoichi IwashitaSucos de frutas, todos naturais e sem açúcar. Imagem: Shoichi IwashitaA piscina do Brenners é coberta, o que faz com que ela possa ser usada também no inverno, mas possui acesso para o jardim onde você pode tomar sol. Imagem: Shoichi IwashitaA academia é completa, ampla e você pode agendar aulas de yoga, muay thai, eles têm vários professores à disposição. A preocupação com a saúde o bem-estar é um dos grandes diferenciais do Brenners. Imagem: Shoichi IwashitaNo Wintergarten (“jardim de inverno”, em alemão), você pode comer o dia todo, com vista e acesso para o jardim e a Lichtentallerallee. Imagem: Shoichi IwashitaPeito de frango orgânico, molho da ave, risotto de alho selvagem e cenoura. Comida impecável. Imagem: Shoichi IwashitaProfiteroles delicadíssimos com “ragu” de morango e ruibardo (amo tudo o que leva rhababer na Alemanha), com sorvete de baunilha. Imagem: Shoichi IwashitaO terraço do meu quarto visto de fora do edifício. Imagem: Shoichi IwashitaOs amplos jardins do Brenners que se fundem com a Lichtentallerallee. Imagem: Shoichi Iwashita