Galápagos: Como conhecer as ilhas que inspiraram uma das ideias mais revolucionárias da história
Uma viagem que durou cinco anos e passou pelas ilhas Galápagos (e duas vezes pelo Brasil) fez com que um jovem naturalista inglês, bem nascido mas nada brilhante na juventude (tentou a medicina e o sacerdócio, ambos sem sucesso), chegasse, a partir da observação, a uma das ideias mais brilhantes — e revolucionárias — de toda a história: a de que as características dos indivíduos de uma determinada espécie mais bem adaptados ao ambiente passariam para as futuras gerações, moldando o que somos e o percurso da evolução (assim, isso é apenas um dos pontos escrito de uma maneira bem resumida), respondendo assim a uma das questões fundamentais da ciência, que na época acreditava que as espécies eram imutáveis (sem falar nas profundas implicações religiosas — que dava ao acaso das mutações genéticas o poder que antes era de Deus — e filosóficas, discutidas até hoje).
E se, de 1831 a 1836 (passando por Galápagos em 1835), Charles Darwin fez a viagem no HMS Beagle, uma embarcação a vela com dois mastros, nada confortável e numa época quando as pessoas partiam para as viagens sem saber se voltariam vivas (ou se voltariam), hoje é possível conhecer essas que são uma das paisagens mais inóspitas, únicas e protegidas do planeta com toda a tecnologia, a segurança e o conforto de navios pequenos, construídos exclusivamente para navegar pelos mares das ilhas Galápagos — arquipélago formado por 58 ilhas vulcânicas —, que possibilitam um contato muito próximo com a natureza, representada por animais que não tem o menor medo dos humanos, como leões marinhos e pinguins — além de toda a vida debaixo da água —, iguanas terrestres e marinhas, tartarugas-gigantes que chegam a pesar 200 quilos (e cada ilha tem a sua espécie), dezenas de espécies de aves, como os albatrozes, os pelicanos marrons, os atobás — tem os de pés azuis, na foto embaixo na matéria, e os de pés vermelhos! — e os tentilhões, um grupo de 15 espécies de aves, só encontradas nas Galápagos, que foram algumas das protagonistas da Teoria da Evolução, publicada na obra A Origem das Espécies, em 1859 (tanto é que os tentilhões são conhecidos hoje como Darwin’s Finches ). As janelas das cabines, sempre grandes, permitem que você não perca nada da paisagem; o mar, a Pinnacle Rock, nenhum dos doze vulcões, quase todos ativos.
OS CRUZEIROS QUE NAVEGAM POR GALÁPAGOS
Para quem ama natureza e aventura (porque, né, é só o que você vai ver: animais e paisagens), a maneira mais confortável de conhecer Galápagos é através dos cruzeiros, geralmente de sete dias (de um sábado ao outro), em navios pequenos (imagina ficar hospedado em uma das ilhas e ter de arranjar barco para visitar as outras, tendo de fazer e desfazer malas, e organizar os transfers ), e possuem toda a estrutura de que você precisa para aproveitar as paisagens e chegar muito perto dos animais. Eles oferecem todo o equipamento de snorkel (você experimenta no primeiro dia e fica com os acessórios durante toda a viagem para ter mais liberdade, já que você pode fazer snorkel quase todos os dias), caiaques, barcos com fundo de vidro, além de quartos confortáveis, wi-fi, academia, spa, restaurantes, biblioteca e naturalistas certificados a bordo que dão palestras sobre temas relacionados à viagem e acompanham as expedições nos Zodiacs, pequenas embarcações que levam os passageiros do navio para passear no mar ou até as ilhas. A maioria dos cruzeiros parte de Baltra, uma minúscula ilha grudada à ilha Santa Cruz, a mil quilômetros da costa do Equador, onde está o aeroporto por onde você vai chegar de um voo de uma hora e meia, de Quito ou Guayaquil. A propósito, como não há voos diretos do Brasil para o Equador, aproveite a viagem para conhecer ambas as cidades, antes e depois do cruzeiro.
SILVERSEA GALAPAGOS: O mais elegante e o melhor custo-benefício
Um dos três navios de expedição da companhia de cruzeiros de luxo italiana, o Silversea Galapagos foi construído exclusivamente de acordo com as especificidades do arquipélago, tem capacidade para apenas 100 passageiros, foi reformado em 2014, oferece saídas todas as semanas o ano todo (sempre aos sábados), e tem o melhor custo-benefício. Incluso na tarifa de US$ 8.550 a US$ 13.250 por pessoa em cabine dupla, estão o aéreo entre Equador e Baltra, hospedagens na ida e na volta, todos os transfers, wi-fi, gorjetas, bebidas alcoólicas, todos os passeios e atividades, além de serviço de quarto das 6h às 23h. São oferecidas quatro atividades por dia e você pode escolher as que preferir fazer no briefing, que sempre acontece no dia anterior. Das 50 cabines, 26 têm terraço (as Veranda, Deluxe Veranda e Silver Suites ). Para conhecer todas as saídas de cruzeiro da Silversea em Galápagos, é só clicar aqui. Ou então, ligue para a Qualitours no telefone 11 2175-7703, se estiver na cidade de São Paulo, ou 4003-3892, se estiver em qualquer outra cidade do Brasil.
UNCRUISE: Informalidade all-inclusive
Conhecida pela informalidade (por isso o nome que “nega” toda a pompa, na grande maioria das vezes nada elegante, dos cruzeiros), a UnCruise freta o navio La Pinta para apenas 48 passageiros e oferece uma saída por mês, de fevereiro a outubro, de US$ 8.295 a US$ 8.995 (são apenas dois tipos de cabine, a Captain e a Admiral, nenhuma com terraço, mas todas com janelas do chão ao teto; num décor bem mais simples que o Silversea, reformado em 2007) com tudo incluso: duas noites em Quito, para uma visita ao centro colonial, que é patrimônio da Unesco; passagens aéreas ida e volta para as Galápagos; todos os transfers ; seis noites a bordo visitando sete ilhas (com bebidas alcoólicas inclusas no valor); e além dos equipamentos de snorkel, eles oferecem um barco com casco de vidro para ainda mais emoção na hora de observar a vida marinha. Para confirmar as saídas e comprar o seu cruzeiro UnCruise para Galápagos, é só ligar para a Qualitours no telefone 11 2175-7703, se estiver na cidade de São Paulo, ou 4003-3892, se estiver em qualquer outra cidade do Brasil.
LINDBLAD: Parceiro da National Geographic
A Linblad foi a primeira companhia a oferecer expedições para turistas em Galápagos em 1967 e todos os seus cruzeiros são feitos em parceria com a National Geographic o ano todo (nos meses de novembro e dezembro, eles fazem uma expedição fotográfica com um fotógrafo da revista a bordo, onde você aprende tudo sobre fotografia de natureza e já pratica in loco ). São os programas mais completos — e mais longos; de 10 a 17 dias —, que custam entre US$ 6.960 a US$ 21.960 por pessoa em cabine dupla e NADA incluso: nem gorjeta, nem aéreo, nem hospedagem, nem transfers, nem bebidas alcoólicas; tudo é cobrado à parte. Para confirmar as saídas e comprar o seu cruzeiro no National Geographic Endeavor para Galápagos, é só ligar para a Qualitours no telefone 11 2175-7703, se estiver na cidade de São Paulo, ou 4003-3892, se estiver em qualquer outra cidade do Brasil.
COMO CHEGAR AO EQUADOR
A viagem é longa, já que não há voos diretos do Brasil para Quito (foto acima) ou Guayaquil, as cidades de equatorianas de onde partem os voos para Baltra, uma das ilhas de Galápagos. O único jeito de ir direto é voando Avianca, com duas escalas, numa viagem que dura quase 24 horas. Por isso, o melhor a fazer é ir para Quito, passar dois dias antes de embarcar para Baltra, e, na volta, fazer uma parada em Guayaquil, a cidade litorânea que não é a capital mas é o centro financeiro do Equador.
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