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The Lana, Dubai: O desafio — muito bem sucedido — de se criar um hotel icônico do zero em um destino longe de ser unânime 

A vista panorâmica para o skyline de Dubai — do quarto, da piscina de borda infinita no topo do hotel, do spa e dos restaurantes — é apenas um dos destaques da estadia no hotel The Lana, a última abertura da Dorchester Collection. Na foto, drinques al fresco no bar High Society, ao lado da piscina. Imagem Shoichi Iwashita

É o primeiro hotel da Dorchester Collection que não é uma propriedade histórica. E a pergunta que me fiz quando soube da abertura do The Lana em Dubai em 2024 foi: como construir um hotel icônico do zero em um destino que não é definitivamente uma unanimidade entre viajantes sofisticados? Ainda mais de uma rede que tem em seu portfólio o Plaza Athénée e o Meurice em Paris, o The Beverly Hills Hotel e o Bel-Air em Los Angeles, o Dorchester e o 45 Park Lane em Londres, o Principe di Savoia de Milão e o Eden Roma.

O que posso dizer após a minha hospedagem no The Lana é que, apesar de estar em um bairro novo e sem nada ao redor, a mais nova estrela da Dorchester Collection é, sem sombra de qualquer dúvida, o hotel mais elegante do emirado. E, não só já se transformou em um lugar frequentado por emiratis endinheirados, como é também a opção de hospedagem perfeita para aqueles que frequentam Dubai por uma ou duas noites apenas para stopovers-descanso em viagens entre o Brasil e a Ásia.

Principalmente por que, seja da piscina que flutua sobre a cidade, do banheiro das suítes, do spa e dos restaurantes, o The Lana tem uma vista matadora para o skyline de Dubai, incluindo o gigante Burj Khalifa, o edifício mais alto do mundo. Da localização ao projeto arquitetônico, ele foi todo pensado para ter a vista mais incrível entre todos os hotéis da cidade. E come-se muito, mas muito bem no The Lana. 

O The Lana está a apenas dois quilômetros do centro moderno de Dubai, onde estão o Burj Khalifa, o Dubai Mall e a ópera de Dubai. Mas, por estar na marina de Marasi e do outro lado do canal, tem de dar uma voltinha para chegar a algum desses lugares, dando 15 minutos de carro (para comparação, dos bons hotéis do centro financeiro, o DIFC, os mesmos dois quilômetros são feitos em 7 minutos). Mas em um destino com escala lasveguense, nada amigável com pedestres e onde o carro é imprescindível, a localização definitivamente não é um problema

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No lobby do The Lana, pé-direito alto, muito mármore, tons pastéis, mas sem deixar de lado o ouro, elemento tão característico da cultura árabe. Imagem Shoichi Iwashita
Me hospedei em uma Marina Junior Suite, com 76 metros quadrados e janelas chão-teto e vista para Dubai tanto do quarto, que conta um com uma varanda, quanto do banheiro. Imagem: Shoichi Iwashita
Banheiro lindo com muito mármore, metais cromados, madeira no chão e nos móveis e todas as amenidades — em embalagens grandes — de que um viajante possa precisar. Imagem: Shoichi Iwashita
A banheira com vista para o Burj Khalifa é o grande destaque do banheiro da Marina Junior Suite. Imagem: Shoichi Iwashita
Os espaços mais reservados da área da piscina, disponíveis mediante reserva. Imagem: Shoichi Iwashita
A piscina de borda infinita com água em temperatura perfeita, e vista para o skyline de Dubai e o edifício mais alto do mundo, o Burj Khalifa. Imagem: Shoichi Iwashita

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A EUROPA EM DUBAI NO THE LANA

Tudo é muito bom no hotel que abriga uma constelação de nomes ocidentais. A arquitetura da Foster + Partners, escritório de arquitetura britânico de Sir Norman Foster, e o projeto de interiores — com os mais lindos materiais e acabamentos — do duo francês Gilles et Boissier; sem os exageros típicos do universo árabe (que eu também amo). 

Os pães e os pratos saudáveis que saem da cozinha do Riviera, restaurante assinado pelo chef Jean Imbert, e os doces do chef pâtissier Angelo Musa — ambos os profissionais importados do Plaza Athénée de Paris —, tanto no The Gallery do lobby do hotel, quanto na pâtisserie aberta para a rua. 

A comida do Jara, o restaurante mediterrâneo do chef basco Martin Berasategui, com peixes e frutos do mar que chegam de avião — de forma nada sustentável — diariamente da Espanha. E o serviço jovem, simpático e muito bem treinado, que fornece, na ponta língua, informações precisas sobre qualquer coisa que você perguntar sobre ingredientes, técnicas de preparo e sugestões. 

O chá da tarde servido no The Gallery das 13h às 18h, por exemplo, é digno do inglês Dorchester, com mesa lindamente montada — as porcelanas com motivos florais combinam com os arranjos de flores frescas —, uma harmonização de três chás para cada etapa da refeição e ainda um chá gelado preparado na hora, à mesa, que é um espetáculo de se ver. Sem falar na incrível versão 100% vegetal do chá da tarde, que chega a ser mais saborosa que a versão tradicional (com seus finger sandwiches que levam ovos, frango, salmão e carne).

Além das vistas incríveis, o que me encanta também é o tamanho boutique do hotel, apesar da imponência da sua fachada. Nada de longos corredores para chegar ao quarto. Nada de precisar decorar o mapa do hotel para encontrar o que se busca. Cada andar tem apenas uma coisa: o quarto andar tem o restaurante Riviera, aberto para café da manhã – só à la carte, como deveria ser todo hotel preocupado com sustentabilidade e desperdício de comida –, almoço e jantar; no décimo oitavo andar está o restaurante Jara; o trigésimo andar abriga a piscina-de-borda-infinita-com-vista e o bar High Society com mesas al fresco; e o andar abaixo, a academia e o spa que levam a assinatura Dior. 

O café da manhã árabe é praticamente um banquete com direito a brioche e viennoiseries. Imagem: Shoichi Iwashita
Além do chá da tarde servido no The Gallery do lobby, é possível provar as criações do chef pâtissier Angelo Musa em seu Bonbon Café aberto para o público. Na foto, um doce que tem a manga como ingrediente principal. Imagem: Shoichi Iwashita
O melhor dos peixes e frutos do mar preparados na brasa está no restaurante assinado pelo multiestrelado chef basco Martin Berasategui no Jara. Além do salão interno em tons de vermelho e preto, o restaurante conta com uma área aberta para os meses de temperatura mais amena. Imagem: Shoichi Iwashita
Peixes e frutos do mar que chegam diariamente da Espanha por avião. Imagem: Shoichi Iwashita
O que eu mais amo nos hotéis da Dorchetster são as opções saudáveis em todos os restaurantes e que tem um cardápio próprio no serviço de quarto, como essa deliciosa salada de quinoa com romã. Imagem: Shoichi Iwashita

UM HOTEL COM MAIS SUÍTES DO QUE QUARTOS

São 121 suítes e 104 quartos no The Lana; todos eles com varanda. E, com espaçosos 56 metros quadrados, o quarto de entrada tem vista para o horizonte e o deserto que circunda Dubai. De todo modo, vale investir um pouco mais na hora de fazer sua reserva para ter, da privacidade do seu quarto, a vista para o skyline de Dubai, possível a partir do quarto Marina, com 67 metros quadrados, varanda e banheira. Os quartos que levam o nome “sky” estão situados nos andares mais altos do hotel, como, por exemplo, o Marina Sky Room. Melhor que isso, só mesmo a Marina Sky Junior Suite, que tem janela do chão ao teto também no banheiro, e banheira com vista para o Burj Khalifa

As cores pastel do projeto de interiores das áreas públicas se estendem para os quartos, em tons de bege e rosa, além do mármore branco com veios cinza no banheiro. Cores que trazem tranquilidade em meio à dureza da arquitetura dubaitense, dos edifícios gigantes em concreto, aço e vidro e as largas avenidas em meio ao deserto. 

QUANTO CUSTA SE HOSPEDAR NO THE LANA?

Arquitetura assinada pelo escritório Foster + Partners, fundado pelo starchitect Sir Norman Foster. Imagem: Shoichi Iwashita
Um Rolls-Royce Phantom roxo, nos tons do The Lana, é o carro oficial do hotel.

O quarto mais acessível do The Lana tem diárias a partir de USD 1.200,00, já com impostos, taxas — aproximadamente 23% sobre o valor da tarifa — e café da manhã incluído para duas pessoas. O Horizon Room tem espaçosos 56 metros quadrados e vista o deserto.

Já a Marina Junior Suite, a sexta das 16 cateorias de quarto do hotel (as das fotos acima), sai a partir de USD 2.100,00 a diária, com impostos, taxas e café da manhã incluído para duas pessoas.

FAÇA A SUA RESERVA

Você pode fazer sua reserva — com direito a amenidades exclusivas — falando comigo por mensagem direta no Instagram @iwashitashoichi, clicando aqui.

Matéria publicada em 6 de setembro de 2025.

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Shoichi Iwashita

Compulsivo por informação e colecionador de moleskines com anotações de viagens e restaurantes, Shoichi Iwashita se dedica a compartilhar seu repertório através das matérias que escreve para a Simonde e revistas como Robb Report Brasil, TOP Destinos, The Traveller, Luxury Travel e Unquiet.

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