The Wolseley, imponência e comidinhas: do English breakfast ao jantar, passando pelo afternoon tea
Num belíssimo e grandioso edifício art déco construído em 1921 para ser o showroom dos carros Wolseley Motors Limited (sim, os carros ficavam estacionados sobre esse magnífico mármore florentino preto e branco), o The Wolseley é um grand–café–brasserie, aberto o dia todo, das 7h da manhã à meia-noite (o que a gente adora), sempre cheio (é bom sempre reservar, mesmo que seja para o dia seguinte às 15h30), numa das melhores localizações de Londres: ao lado do hotel Ritz, a uma quadra da Jermyn Street, da Royal Academy of Arts, da Fortnum & Mason e da Dover Street Market.
Com pé-direito alto, mezanino, teto abobadado, colunas e decoração em preto e dourado com toques de chinoiserie, assinado por um dos mais famosos decoradores birtânicos, o David Collins, o cardápio do Wolseley atende a todos os gostos: você pode tomar um café da manhã típico britânico, com ovos, bacon, salsicha, feijão, tomate, cogumelos e black pudding (uma linguiça feita de sangue e gordura de porco), assim como começar o dia com iogurte com baixo teor de gordura e laranja vermelha, compota de ruibarbo e salada de frutas. No cardápio que vai do almoço ao late dinner, há o prato do dia e opções de sopas, sanduíches quentes (mas como tudo tem muita carne — não há nem opções de massas —, peça para o garçom o cardápio vegetariano), e você pode ainda passar a tarde comendo caviar (oscietra e beluga), ostras (três variedades que vão do Canal da Mancha à Escócia) e sobremesas clássicas e bem feitas (além do éclair de chocolate, do crème brûlée, da tarte de ruibarbo, eu adoro a banana split com banana caramelizada, sorvete de creme, chantilly, calda de chocolate amargo e lâminas de amêndoas), lendo os jornais do dia que ficam disponíveis para os clientes. A verdade é que os pratos daqui não me encantam, mas adoro as comidinhas, sentar e ver o povo.
Dos mesmo donos do Ivy e do Caprice, dois endereços icônicos da cidade, o Wolseley pode ser ainda uma opção para tomar o chá da tarde, servido todos os dias das 15h às 18h30, com os tradicionais finger sandwiches, scones quentinhos com clotted cream e geleia, docinhos e uma ótima seleção de chás (tem a opção do Champagne Tea, que acompanha uma taça de Pommery por mais 11 libras). Só não é tão elegante ou incrível como os chás do Claridge’s, do Berkeley ou o do Ritz (leia sobre o chá da tarde no Palm Court do Ritz, clicando aqui), que são os meus preferidos.
O elegante salão assinado por David Collins. Imagem: Divulgação
O salão sempre cheio visto do mezanino. Imagem: Shoichi Iwashita
Detalhe da decoração com inspirações chinesas. Imagem: Divulgação / David Loftus
O serviço de chá tarde: os scones vêm quentinhos e uma cloche os mantém aquecidos. Nas tigelinhas na mesa, clotted cream e geleia de morango. Imagem: Divulgação / David Loftus.
Os pães e viennoiseries feitos na casa para o café da manhã. Imagem: Shoichi Iwashita
Salade niçoise, um clássico. Imagem: Shoichi Iwashita
Banana split, com banana caramelizada, sorvete de creme, chantilly, calda de chocolate amargo e lâminas de amêndoas. Imagem: Shoichi Iwashita