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Tiradentes: Os três jeitos possíveis (e os mais práticos) de se chegar lá, quanto tempo ficar e por que levar dinheiro vivo

Diferentemente de quase todas as cidades do Brasil, Tiradentes não tem uma periferia que contrasta com a beleza do centro histórico; é emoldurada pela bela e imponente Serra São José, uma das maiores minas de ouro já encontradas na história do mundo. Imagem: Shoichi Iwashita

Praticamente entre Belo Horizonte e o Rio de Janeiro, chegar a Tiradentes só é fácil de helicóptero. São apenas duas horas de voo de São Paulo, pousando direto na Pousada Pequena Tiradentes [SDCT], único heliponto homologado na região, em grama e com rampa de aproximação de 36 metros. Mas como as empresas de táxi aéreo precisam cobrar a volta do helicóptero vazio, calcule gastar R$ 40.000 o trecho, em um Agusta AW109, com capacidade para até seis passageiros. O aeroporto de São João del Rei [JDR], a cidade mais próxima, só atende aviões fretados pequenos.

Para quem não vai de transporte aéreo privativo, tampouco vale a pena ir de avião. O aeroporto comercial mais próximo é o de Confins [CNF], em Belo Horizonte, a 230 ou 285 quilômetros (dependendo da estrada), sendo necessário ainda um transfer de quase quatro horas para chegar a Tiradentes. Isso quer dizer que: de avião mais carro, calculando 1h20 do voo Congonhas [CGH] – Confins [CNF], mais o trajeto e o tempo no aeroporto pré-embarque, taxiamento e retirada das malas, você vai levar, no mínimo, oito horas horas para chegar. Isso se o voo não atrasar.
 

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O MELHOR JEITO DE SE CHEGAR A TIRADENTES É DE CARRO OU ÔNIBUS + TÁXI

A Ponte das Forras liga o Largo das Mercês e o Largo das Forras e é a porta de entrada do centro histórico de Tiradentes. Por baixo dela passa o Ribeiro Santo Antônio, um afluente do Rio das Mortes, que deu o primeiro nome à região quando se descobre o ouro em 1702. Tiradentes nasceu como o Arraial Velho do Rio das Mortes, antes de se tornar vila e cidade. Imagem: Shoichi Iwashita

Por isso, além do prático-rápido-mas-caro helicóptero, considere ir de carro de São Paulo — sete horas de viagem com direito a paradas tranquilas na estrada (com 484 quilômetros) e cinco pedágios baratinhos (não dá nem R$ 15) — e do Rio de Janeiro, a 4h30 de distância. Hospedando-se no lugar certo, o carro não é necessário em Tiradentes, mas pode ser útil para explorar outras cidades históricas mineiras, se estiver em seus planos.

A terceira opção é ir de ônibus até São João del Rei, a cidade mais próxima de Tiradentes, a 11 quilômetros (a rodoviária de Tiradentes não recebe ônibus estaduais nem interestaduais, apenas os da cidade vizinha) e, de lá, pegar um táxi, a R$ 60, para 25 minutos de corrida entre a rodoviária de São João del Rei e a sua pousada em Tiradentes. Infelizmente, a única empresa que vai de São Paulo para São João del Rei, a Util, não tem leito, só semi-leito — com bancos que reclinam 55 graus e apoio para as pernas —, e as passagens custam em torno de R$ 190, o trecho. São nove horas de viagem, de dia ou à noite (dá para dormir no ônibus), partindo da Rodoviária do Tietê em São Paulo. Ou seja, de ônibus mais táxi, você leva dez horas para chegar.

QUANTO TEMPO FICAR: MAIS DO QUE VOCÊ IMAGINA

Não só todas as igrejas da cidade estão impecavelmente restauradas e a fiação enterrada, mas as casas do centro histórico são muito bem conservadas. Algo raro no Brasil. Imagem: Shoichi Iwashita

Tiradentes é tão charmosa e tem tantas coisas interessantes para ver e fazer na cidade e na serra ao redor que valem quatro noites, cinco dias, para aproveitar tudo com calma. Relaxar e ler na piscina, visitar os museus, assistir a um concerto na Igreja Matriz, tomar cafés da tarde e ver a vida passar, fazer trilhas e curtir as cachoeiras, e voltar para casa revigorado com a história, as comidinhas, a natureza e a hospitalidade calorosa do povo mineiro. {Conheça os lugares mais icônicos de Tiradentes — e suas histórias fascinantes —, clicando aqui.}

LEVE DINHEIRO DE CASA

É bom levar dinheiro. Tiradentes só tem bancos Itaú e Bradesco (um ao lado do outro) e muitos lugares não aceitam cartão, nem débito nem crédito. É sempre bom ligar para o restaurante antes de sair para jantar, para saber quais são as opções de pagamento.

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Shoichi Iwashita

Compulsivo por informação e colecionador de moleskines com anotações de viagens e restaurantes, Shoichi Iwashita se dedica a compartilhar seu repertório através das matérias que escreve para a Simonde e revistas como Robb Report Brasil, TOP Destinos, The Traveller, Luxury Travel e Unquiet.

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