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Vista Café: A ótima comida do Jiquitaia agora em décor modernista e vista para o Ibirapuera

Basta cruzar a ponte Ciccillo Matarazzo — passando por cima da linda Avenida 23 de maio, uma das artérias de São Paulo, que liga a região norte à região sul sem semáforos — para sair do Parque do Ibirapuera e chegar ao imponente edifício modernista projetado por Oscar Niemeyer, que hoje abriga a coleção do Museu de Arte Contemporânea da USP (MAC USP) e abrigará em breve um dos rooftops mais incríveis da cidade {para conhecer a nossa lista de bares e restaurantes preferidos no topo de prédios com vista para o skyline  de São Paulo, clique aqui}.

E se antes era desoladora a situação da cafeteria do MAC (duas máquinas, uma para salgadinhos e refrigerantes, outra para café; só junk food e café ruim), a boa notícia é que o Vista Café, inaugurado esta semana no mezanino do edifício com um enorme terraço cheio de sol, já é um dos nossos lugares prediletos na cidade (é só uma pena que todas as tomadas ficam muito, muito distantes das mesas; você precisa trazer uma extensão se quiser passar algumas horas trabalhando aqui).

Sob o comando de Marcelo Corrêa Bastos, chef do Jiquitaia {um dos nossos restaurantes brasileiros preferidos, clique aqui para conferir nossa crítica}, o pão de queijo, a gougère (massa choux com queijo, o “pão de queijo francês”) e as empadas (palmito, frango e camarão) são todos feitos na casa; e são deliciosos. Aí, você tem comidinhas (batata doce com ricota e agrião, mandioca cozida com ovo, banana da Terra com mel e farofa de castanhas); sanduíches (queijo quente de taleggio, bagel com berinjela assada e mozzarella) e ovos, com muitas opções vegetarianas, sem lactose e sem glúten. E ainda café (do Urbe), sucos, smoothies e sobremesas, tudo lindo, saudável e fresquinho, utilizando ingredientes orgânicos sempre quando estão disponíveis no mercado.

Funcionando de quarta a domingo, das 10h às 18h (e às terças, das 10h às 21h), dentro deste cenário modernista (todos os móveis foram desenhados exclusivamente para o Vista, inspirados na arquitetura de Niemeyer e nos anos 1950), além do café com comidinhas, o Vista ainda oferece almoço, todos os dias das 12h às 16h, chamado de Convescote, uma espécie de teishoku brasileiro (o teishoku é uma tradição japonesa, um combo com alguns pratos que formam uma refeição), lindamente servido em uma bandeja de bambu (veja nas fotos abaixo), sempre com três opções de entrada, três de prato principal (uma vegetariana, um peixe e uma carne) e três de sobremesa. O Convescote vegetariano sai por apenas R$ 35!; o de peixe é o mais caro, a R$ 55.

Para um café com lanche pós-corrida no parque ou almocinho charmoso ao ar livre, o Vista Café é uma bem vinda abertura nesta cidade gigantesca que é São Paulo, onde espaços amplos “cheios de vazio” são raros. Agora aguardamos com ansiedade a abertura do enorme empreendimento que vai ocupar o topo do edifício, com três bares e restaurante também assinado pelo chef Marcelo Bastos (e quem sabe o museu não melhora a apresentação da coleção com essa movimentação).

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A entrada do Museu de Arte Contemporânea da USP em edifício assinado por Oscar Niemeyer. Imagem: Shoichi Iwashita

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O Vista Café ocupa o mezanino, que pode ser acessado tanto de escada quanto de elevador. Mas faltam tomadas perto das mesas. Imagem: Shoichi Iwashita

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Todos os móveis foram desenhados exclusivamente para o Vista Café pelo escritório Prototyp& inspirado na arquitetura modernista dos anos 1950. Imagem: Shoichi Iwashita

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Sofás confortáveis para prosear, mas poderia haver mais mesinhas de apoio para as bebidas. Imagem: Shoichi Iwashita

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O balcão com as comidinhas feitas na casa e no dia. Imagem: Shoichi Iwashita

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A linda apresentação do almoço. No meu Convescote, abacate com chipotle, algas konbu com pepino em conserva, nhoque de batata roxa com radicchio, nozes caramelizadas e gorgonzola, e, para terminar, um chantilly com maracujá e merengue (essa foi uma sobremesa que não me chamou a atenção quando li no cardápio, mas realmente tudo depende de como é feito, estava uma delícia; leve, delicada e equilibradíssima). Imagem: Shoichi Iwashita

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Zoom no prato de quantidade correta (mas estava tão bom que eu comeria mais um pouquinho). Imagem: Shoichi Iwashita

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O amplo terraço tem espaço para outras 18 pessoas. Imagem: Shoichi Iwashita

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Shoichi Iwashita

Compulsivo por informação e colecionador de moleskines com anotações de viagens e restaurantes, Shoichi Iwashita se dedica a compartilhar seu repertório através das matérias que escreve para a Simonde e revistas como Robb Report Brasil, TOP Destinos, The Traveller, Luxury Travel e Unquiet.

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