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Baros, Maldivas: Sensação de acolhimento em um dos mais tradicionais hotéis das Maldivas, apesar da proximidade das ilhas urbanas

Dos mais de 200 hotéis-ilhas abertos nas Maldivas nos últimos 50 anos — a idade do turismo no arquipélago —, o Baros foi o terceiro deles. E o mais importante: é fácil chegar a esse hotel autêntico no atol Malé Norte, fundado por um maldiviano em 1973; do mesmo dono do Milaidhoo e do Nautilus. Acessível de lancha a partir do aeroporto internacional Velana, por onde você vai chegar, isso quer dizer que você não vai precisar pegar um hidroavião quente e barulhento; não vai ter de esperar pela conexão; e estará no hotel em 20 minutos de traslado de lancha, que atraca diretamente no píer do Baros. E não precisar pagar pelos caros traslados de hidroavião traz uma boa economia para a viagem. 

Estar a apenas 15 quilômetros da capital Malé tem suas desvantagens, porém: de algumas partes da ilha do Baros, é possível ver as ilhas mais urbanizadas e iluminadas em volta (como Hulhumale, a ilha artificial que faz parte do projeto de expansão urbanística de Malé), e barcos comerciais nada-charmosos passando nas proximidades. Apesar de ser uma ilha natural (são dezenas de ilhas artificiais nas Maldivas) e com barreiras de corais surpreendentes (basta nadar 15 metros da areia para se deparar com peixes coloridíssimos nos corais), não se tem aquela sensação de isolamento que proporcionam outros hotéis do arquipélago. 

 
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BAROS: UM HOTEL ACOLHEDOR E COM ALMA MALDIVIANA

Para evitar a erosão da praia, é preciso saber também que existe uma parede de contenção no mar em todo o lado leste da ilha, onde ficam os bangalôs na areia da praia; visível apenas durante a maré baixa. De toda forma, talvez por sua vegetação exuberante que só jardins maduros conseguem ter, talvez porque metade dos funcionários do hotel trabalha aqui há mais de 30 anos, o Baros tem uma atmosfera aconchegante e calorosa que inexiste em outros hotéis mais luxuosos da Maldivas; porque a grande maioria é apenas linda.

Sente-se isso principalmente na praça onde está o Sails, o bar que é o coração do hotel, e que segue a tradição das praças públicas das ilhas locais, as maaidhan. Com chão daquela areia branca e finíssima — até mesmo na área interna do bar —, a praça não só se conecta aos três restaurantes da propriedade como também a uma minúscula e agradável praia, rodeada de altos coqueiros e cheia de peixinhos; lugar que foi a minha “base” em todos os dias da estadia. No segundo andar do Sails, tem ainda um minimuseu com objetos e acessórios maldivianos típicos e antigos como vassouras, lamparinas, pilões, mapas (alguns funcionários me disseram que seus avós ainda têm — e usam — esses objetos em casa), além de explicações as diferentes embarcações que os locais usaram ao longo dos séculos. O Baros tem algo quase intangível; é desses hotéis que têm alguma alma, apesar de seguir o modelo resort.  

Come-se muito, muito bem no Baros, mas não espere muita elegância na decoração dos três restaurantes, o Lime (à beira da piscina e aberto o dia todo, do café da manhã ao jantar), o Cayenne (especializado em grelhados) e o Lighthouse (o restaurante mais gastronômico, aberto para jantar), uma construção que chama demasiada atenção na paisagem. Inesquecível a lentilha preparada como risoto, com creme de coco, avelã e vegetais que comi no Lighthouse. 

BANGALÔS MAIS ANTIGOS E BANGALÔS NOVINHOS EM FOLHA

Como um hotel de 50 anos, as 75 villas / bangalôs do Baros têm idades diferentes – e decorações que seguem o estilo da época quando foram construídos. E são muitas as categorias de acomodações, desde os bangalôs na praia e sobre as águas com e sem piscina privativa, a partir de 89 metros quadrados e com uma decoração mais datada, até os bangalôs mais contemporâneos, como o Baros Residence, com 270 metros quadrados (o bangalô mais lindo do hotel, junto com a Baros Suite with Private Pool), com opções de bangalôs com dois quartos para acomodar famílias. 

Eu me hospedei em uma Baros Pool Villa pé-na-areia, com 134 metros quadrados, rodeada de um jardim que garante a privacidade, piscina privativa, chuveiro ao ar livre (amo), amenidades Acqua di Parma e acesso direto ao mar. Apesar da decoração mais antiga, a manutenção do quarto estava em dia e não tive nenhum problema durante a estadia. 

QUANTO CUSTA SE HOSPEDAR NO BAROS

Para a Deluxe Beach Villa, a acomodação de entrada (a mais simples do Baros) com 89 metros quadrados e sem piscina privativa, calcule uma diária a partir de USD 1.100,00, com impostos, taxas e café da manhã para duas pessoas. Aí, é preciso adicionar o valor do traslado em lancha rápida de USD 195,00 por adulto, ida e volta. É obrigatório chegar e partir com o barco do hotel. 

Para a linda Baros Suite with Private Pool, com 200 metros quadrados, as diárias custam a partir de USD 2.700,00, com impostos, taxas e café da manhã para duas pessoas. Sete noites no Baros saem por aproximadamente USD 19.300,00, para um casal, já com os traslados de chegada e partida inclusos. 

FAÇA A SUA RESERVA

Você pode fazer sua reserva para o Baros via Booking.com clicando aqui, ou aproveitar as melhores tarifas e amenidades exclusivas, falando comigo por mensagem direta no Instagram @iwashitashoichi, clicando aqui.

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Shoichi Iwashita

Compulsivo por informação e colecionador de moleskines com anotações de viagens e restaurantes, Shoichi Iwashita se dedica a compartilhar seu repertório através das matérias que escreve para a Simonde e revistas como Robb Report Brasil, TOP Destinos, The Traveller, Luxury Travel e Unquiet.

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