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Bulgari Milano

O legal do hotel Bulgari de Milão é que, assim como o Costes em Paris, ele sobreviveu bem àquele período inicial de buzz — ambos já não são mais novidades — e segue ainda sendo frequentado por viajantes sofisticados quando querem um endereço na cidade e pelos locais para tomar um drink (os fins de tarde no jardim são famosos), um chá ou fazer reuniões de negócios curtindo a atmosfera contemporânea e verde do hotel (muitos outros hotéis de luxo pequenos são privés demais para o nosso gosto). O Bulgari se destaca ainda mais na cena hoteleira milanesa quando o Four Seasons e o Principe di Savoia, dois grandes hotéis sempre sinônimos de luxo, ficam para trás com quartos de decoração datada e cobrando preços semelhantes (a competição fica ainda mais acirrada com a chegada do Mandarin Oriental em julho de 2015).

O selo, que leva a marca da centenária empresa famosa por suas joias (hoje parte do Grupo LVMH) e já tem três filiais (Milão, Londres e Bali), é administrado pela Marriott (sendo o Bulgari e o Ritz-Carlton os selos mais sofisticados do grupo). Tem ótima localização (fica a algumas quadras do Quadrilatero d’Oro e divide o quarteirão com a Pinacoteca di Brera, um dos nossos museus favoritos no mundo) e é um hotel MUITO agradável graças ao design contemporâneo de Antonio Citterio e ao jardim de 4 mil metros quadrados que faz parte do terreno do hotel e que conta ainda com uma interligação com o Orto Botanico (que tem duas entradas: uma pela Pinacoteca e outra pela Fratelli Gabba, a ruazinha privativa do hotel). Só não dá pra entender por que com um jardim tão grande e vários decks externos para drinks, o Bulgari não tem uma piscina externa, só coberta.

Os quartos são lindos, confortáveis e, apesar de pequenos, muito bem resolvidos espacialmente (a gente gosta bastante da cartela de cores, dos materiais, do design dos móveis, dos banheiros com a banheira próxima à porta do terraço, dos lençóis, do toiletry kit by  Bulgari e dos terraços com vista para o jardim); o restaurante e o café da manhã são ótimos, e o serviço tem melhorado consistentemente desde a sua abertura, quando as críticas eram mistas. Hoje, o serviço do Bulgari é extremamente simpático, sem muito daquele ar de superioridade do staff  ou aquele serviço eficaz mas sério; comportamento bastante comum nos estabelecimentos mais caros em cidades como Paris, Nova York e também Milão.

O lounge  no jardim continua agradabilíssimo — pra mim, a melhor parte (começar o dia tomando café da manhã no jardim é sempre estimulante) —, especialmente em uma tarde de verão, assim como o brunch  de domingo, o almoço durante a semana no Ristorante comandado pelo chef  napolitano Roberto di Pinto, o aperitivo no Bar (todos os dias das 7h da manhã à 1h da manhã, com direito a happy hour no giardino das 18h30 às 21h e todos os pratos do restaurante disponíveis para comer de modo mais informal), e os serviços do spa, com a vantagem de que você não precisa ser hóspede para aproveitá-los.
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Shoichi Iwashita

Compulsivo por informação e colecionador de moleskines com anotações de viagens e restaurantes, Shoichi Iwashita se dedica a compartilhar seu repertório através das matérias que escreve para a Simonde e revistas como Robb Report Brasil, TOP Destinos, The Traveller, Luxury Travel e Unquiet.

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