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Park City: Os hotéis para você aproveitar ao máximo esse destino de esqui cheio de história e personalidade

Atualizado em 6 de fevereiro de 2019

Por Shoichi Iwashita

Das mais de vinte opções de hotéis — além das casas disponíveis para locação —, nesta matéria você confere as três opções de hospedagem que conhecemos em Park City, essa que é a maior estância de esqui dos Estados Unidos, com 256 quilômetros de pistas; e o melhor: repleta de história e personalidade {saiba tudo sobre Park City, clicando aqui}. Para quem vai esquiar, é preciso saber que existem duas bases de onde saem os teleféricos e telecadeiras para as montanhas: Mountain Village e Canyons Village. Nessas duas bases, você encontra não só os hotéis considerados ski-in-ski-out, mas também as plazas, onde estão agrupadas as lojas de aluguel e escola de esqui, cafés, restaurantes, banheiros, serviços (diferentemente de Courchevel, todos os hotéis ski-in-ski-out de Park City estão na base das montanhas e não nos percursos). Mountain Village está praticamente no centro da cidade, a menos de um quilômetro da Main Street, e é a base perfeita para esquiadores iniciantes pois praticamente todas as pistas verdes de Park City estão acessíveis apenas daqui. Já Canyons Village está mais afastada — a 8 quilômetros (10 minutos de carro) da Main Street —, mas é onde se concentram os melhores hotéis da cidade: do Grand Summit, um dos quatro hotéis que pertencem à Vail Resorts em Canyons Village, um quatro estrelas com a melhor localização e um dos melhores restaurantes da cidade (leia mais abaixo), ao Waldorf-Astoria, passando pelo Sunrise Lodge e o Hyatt Centric. Mas Canyons Village é para esquiadores nível azul e nível preto (como eu sou iniciante, eu ficava brincando na pista verde no topo da montanha e descia de teleférico…). E ainda existe um hotel bem no centro da Old Town, que não é ski-in-ski-out, mas pelo qual eu fiquei apaixonado: Washington School House Hotel, que você confere a seguir. {Os preços das estadias abaixo foram calculados com base no mês de fevereiro de 2019, que é considerado alta temporada. Mas vale pensar também em meados de dezembro e fim março, quando as diárias podem cair pela metade do preço, o que faz uma boa diferença em estadias de cinco noites.}

GRAND SUMMIT: A MELHOR LOCALIZAÇÃO E O MELHOR RESTAURANTE EM CANYONS VILLAGE

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Da sala onde você guarda seus esquis ou snowboard (não são lockers, tem um atendente que guarda e te entrega sempre que você precisar), você desce alguns degraus de escada, anda 50 metros e já está na entrada para os lifts. Apesar de ter boa estrutura, 358 quartos espaçosos (o menor com 41 metros quadrados), piscina outdoor aquecida, spa, café charmoso no lobby, academia 24 horas (é só usar a chave do seu quarto para acessá-la) e não usar garrafinhas de água de plástico nos quartos, o Grand Summit não é um hotel de luxo: meu colchão estava meio afundado (bem ruim para quem está esquiando); o café da manhã não conta com muitas opções (não tem queijo!), pão só bagel ou de forma, e café só do litrão (e da Starbucks). Mas é o melhor custo-benefício além de ser também a “casa” do The Farm, não só um dos melhores restaurantes de Park City mas considerado um dos melhores restaurantes do Utah, que segue a filosofia farm-to-table, com ingredientes vindos de produtores da região, onde eu tive um dos melhores jantares da viagem. Imperdível. Para uma estadia de cinco noites para duas pessoas sem café da manhã na alta temporada, calcule R$ 15.000 (US$ 2.960 pelas cinco noites + US$ 30 por dia e por quarto de taxa de resort + US$ 19 de impostos de 12,66% sobre o resort fee + US$ 398 impostos de 12,66% sobre o total + US$ 225 de IOF de 6,38% do cartão de crédito x R$ 4, o dólar turismo em outubro de 2018).

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O lobby do Grand Summit, o hotel quatro estrelas que pertence à Vail Resorts: a rusticidade da madeira, do couro, da pedra. Imagem: Shoichi Iwashita

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A piscina outdoor mais-ou-menos aquecida, o que torna difícil sair dela molhado até a toalha em dias de baixa temperatura. As jacuzzi são mais quentes, mas sempre lotadas. Imagem: Shoichi Iwashita

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Nesse café no lobby do hotel, dá para tomar bebidas quentes a qualquer hora do dia ou então pegar alguma coisa e partir para as montanhas pela manhã. Imagem: Shoichi Iwashita

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Comida farm-to-table e deliciosa no restaurante do hotel, The Farm. Não só um dos melhores restaurantes de Park City, mas um dos melhores do estado de Utah. Na foto, a salada de grãos com couve-flor assada, cenoura heirloom, rúcula, laranja e mostarda. Imagem: Shoichi Iwashita

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De sobremesa no The Farm, Pecan Pie Cheesecake. Delicioso. Imagem: Shoichi Iwashita

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Os quartos não são luxuosos, mas são corretos e espaçosos. E a água fica em um recipiente de vidro (mas eles nunca repunham, eu tinha de ligar no serviço de quarto e pedir água). Imagem: Shoichi Iwashita

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O Studio Guestroom tem uma kitchenette bastante equipada e é o mesmo preço do quarto sem cozinha. Imagem: Shoichi Iwashita

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O banheiro é espaçoso e tem banheira. Imagem: Shoichi Iwashita

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E não há melhor localização: basta sair do hotel para pegar os lifts para as montanhas. Imagem: Shoichi Iwashita

WASHINGTON SCHOOL HOUSE NA CIDADE ANTIGA: O MAIS CHARMOSO E ELEGANTE (E OS BANHEIROS MAIS LINDOS DE PARK CITY)

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No coração histórico da cidade, o hotel ocupa o edifício do século 19 que foi uma das três primeiras escolas originais de Park City, cuja fachada de pedras calcárias sobreviveu a um incêndio em 1898.

A Washington School House nunca mais seria uma escola, abrigando por décadas eventos sociais de veteranos de guerra, até que, em 2011, se transformou nesse que é definitivamente o mais charmoso hotel da cidade, com o nome original. São apenas 12 quartos — a maioria bem pequena, com 20, 23 ou 28 metros quadrados — e suítes com dois e três quartos (essas espaçosas, com mais de 100 metros quadrados), mas todas elegantemente decoradas, com obras de arte que pertencem à coleção do hotel, chão feito com madeira de estábulos (barnwood) restaurada, lençóis Pratesi, toalhas e roupões Habidecor, lindos banheiros de mármore com metais de época e amenities Molton Brown. No cardápio, ingredientes orgânicos e locais fazem uma cozinha saudável e o Washington School House Hotel ainda tem uma pequena piscina no rooftop com vista para as montanhas e os telhadinhos da Old Town. E como tem um lift bem no centro da cidade, só é preciso saber que você vai andar 300 metros de hotel até o Town Lift, que te leva para a montanha Park City. Na volta, você pode descer pelas pistas (azuis) que dão direto no centro da cidade e caem no High West Distillery, o único bar ski-in da cidade!, para os drinques après-ski. Uma experiência única. Para uma estadia de cinco noites para duas pessoas sem café da manhã, calcule R$ 23.500 (US$ 4.875 pelas cinco noites + US$ 635 impostos de 12,66% sobre o total + US$ 352 de IOF de 6,38% do cartão de crédito x R$ 4 dólar turismo em outubro de 2018).

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O lobby que também serve de restaurante com mesas em ambos os lados do salão. Imagem: Shoichi Iwashita

Os banheiros de quartos de hotel mais lindos de Park City, com metais vintage e mármores do chão ao teto. Imagem: Shoichi Iwashita

Detalhe da cama e lençóis impecáveis. Imagem: Shoichi Iwashita

Muitas das suítes são duplex. Atenção ao chão feito com madeira restaurada de antigos estábulos. Imagem: Shoichi Iwashita

A sala de TV com lareira que fica no andar abaixo ao lobby. Imagem: Shoichi Iwashita

A escadinha que leva à recepção. No centro da Park City. Imagem: Shoichi Iwashita

WALDORF ASTORIA PARK CITY: SPA IMPERDÍVEL

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Aberto em 2009 também em Canyons Village, o Waldorf Astoria Park City foi o primeiro resort de ski do selo mais luxuoso dos hotéis Hilton que leva o nome do icônico hotel de Nova York.

E repleto de tapetes orientais, porcelanas azuis e grandes lareiras — dentro e fora do edifício — é como chegar a uma elegante casa de montanha (e, aqui, tem suítes com quatro quartos: literalmente uma casa). Os quartos de entrada não são tão espaçosos quanto os quartos do Grand Summit (começam com 32 metros quadrados) e são bastante sérios (tudo creme, poucos objetos, sem quadros). E o único ponto a se considerar no Waldorf Astoria Park City é a localização, que não é das melhores: é preciso sair do hotel com seus esquis, caminhar por 100 metros até a gôndola Waldorf, que te deixa em frente ao Grand Summit, e, de lá, caminhar mais 100 metros para acessar os lifts para as montanhas. Hospedando-se aqui ou não, só não deixe de vir aproveitar o lindo spa de 1.500 metros quadrados do hotel — e terapeutas incríveis — e comer no restaurante Powder, aberto o dia todo. Para uma estadia de cinco noites para duas pessoas sem café da manhã, calcule R$ 30.350 (US$ 6.100 pelas cinco noites + US$ 40 por dia e por quarto de taxa de resort + US$ 26 de impostos de 12,66% sobre o resort fee + US$ 800 impostos de 12,66% sobre o total + US$ 455 de IOF de 6,38% do cartão de crédito x R$ 4 dólar turismo em outubro de 2018).

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O lobby elegante do Waldorf Astoria Park City. Imagem: Shoichi Iwashita

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O spa com 1500 metros quadrados, academia completa e salão de cabeleireiro. Imagem: Shoichi Iwashita

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O espaçoso vestiário masculino, com saunas seca e a vapor, para relaxar antes ou depois da massagem. Imagem: Shoichi Iwashita

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Comida deliciosa também no restaurante do hotel, o Powder: salada de verdes com “neve” de queijo feta, raízes raladas, noz-pecã e vinagrete de papoula. Imagem: Shoichi Iwashita

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Os quartos do Waldorf Astoria são sóbrios demais para o meu gosto. São menores que os do Grand Summit… Imagem: Shoichi Iwashita

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… Mas têm lareiras. Imagem: Shoichi Iwashita

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Amo essas lareiras a gás nas áreas externas do hotel. Imagem: Shoichi Iwashita

Shoichi Iwashita

Compulsivo por informação e colecionador de moleskines com anotações de viagens e restaurantes, Shoichi Iwashita se dedica a compartilhar seu repertório através das matérias que escreve para a Simonde e revistas como Robb Report Brasil, TOP Destinos, The Traveller, Luxury Travel e Unquiet.